terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sobe e desce do dólar...

Turista e consumidor global voraz, o brasileiro "sensível" à variação do dólar deve ficar atento às oscilações da taxa de câmbio do real, que podem se intensificar nas próximas semanas com uma provável queda de braço entre Banco Central e mercado.
Enquanto o BC faz tudo para evitar que o dólar caia abaixo de R$ 1,70, os fundos de investimento estrangeiros não param de trazer dinheiro ao Brasil, alimentando a valorização do real.
Diante da imprevisibilidade do câmbio, o brasileiro tem instrumentos limitados para se proteger contra as oscilações.
Pode tanto adquirir moeda em espécie como aplicar em fundos cambiais, fazer "seguro" com minicontrato ou investir em ações de empresas "dolarizadas" que tenham receitas em moeda estrangeira.
A vantagem de comprar moeda estrangeira ou cheque de viagem é não pagar Imposto de Renda em caso de lucro.
Instrumentos indiretos -fundos cambiais, minicontrato e ações de empresas "dolarizadas"- preveem recolhimento de IR sobre ganho de capital e envolvem custos de corretagem e administração.
Comprar moeda é preferível nos gastos com turismo e estudos mais curtos.
Fundos e minicontratos são indicados para proteger o patrimônio de pessoas, que não pode se defasar em relação a preços de outros países.
As aplicações em "ações dolarizadas" dependem das perspectivas de negócios das empresas, o que torna a proteção mais incerta.

RUMO INCERTO

Não há consenso no mercado sobre o rumo do dólar.
Alguns acham que a moeda americana já caiu o bastante e que o BC não a deixará desabar mais. Outros já contam com novo fracasso do BC na tentativa de conter o real.
"Quem tem compromissos em dólar, sustenta um filho no exterior ou vai viajar tem que ir comprando dólares aos poucos.
O dólar deve oscilar bastante, mas, diferentemente do passado, não deve ter fortes quedas e ir muito abaixo desse patamar de R$ 1,70", disse Fabio Colombo, administrador de investimentos.
Para André Perfeito, economista da Gradual, o dólar deve continuar derretendo no país.
"Pode chegar aos menores patamares desde o fim da âncora cambial", disse.
Em todas as opções de proteção, o maior risco é perder dinheiro se o dólar cair ainda mais daqui a alguns meses.
Para reduzir esse risco, a indicação é comprar um pouco por mês para fazer um "preço médio".
Por exemplo, quem precisa de US$ 12 mil daqui seis meses, pode comprar US$ 2.000 todos os meses independentemente da cotação.
Se a moeda for a R$ 2, a pessoa terá comprado parte a R$ 1,70 no início.
Caso caia a R$ 1,50, não vai ter comprado muito a um preço tão alto.

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