domingo, 25 de setembro de 2011

Brincar é fundamental para o desenvolvimento do seu filho...

“Lápis, caderno, chiclete, pião. Sol, bicicleta, skate, calção... Criança não trabalha, criança dá trabalho”.
Quem é pai provavelmente já ouviu a canção “Criança Não Trabalha”, da dupla Palavra Cantada, e que fala do que há de melhor na infância: a brincadeira.
Mas, em tempos de agendas superlotadas, muitos pais acabam deixando de lado as horas de lazer dos filhos – e que são tão necessárias para o desenvolvimento intelectual e cognitivo dos pequenos.
Desenvolver a memória, o raciocínio, as emoções, a habilidade física e a coordenação motora. Estimular a imaginação e a sociabilidade - tudo isso faz parte dos benefícios gerados pelo brincar.
“A brincadeira é uma coisa séria. Só se torna um adulto completo, com bom desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, quem brincou na infância”, diz Patricia Bertolini, psicóloga e coordenadora da Brinquedoteca do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR).
Quer mais um benefício? Brincar também é uma forma de expressão.
“Quando a criança ainda não desenvolveu a linguagem oral ou a escrita, ela se manifesta por meio da brincadeira”, afirma Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Estudos do Brincar da PUC-SP.
Ou seja, quando ainda não aprendeu a falar ou escrever, brincar é um jeito da criança poder expressar algum sentimento, necessidade ou apenas representar a realidade em que vive.
Se ela estiver triste ou com medo, pode transferir esses sentimentos para um boneco, por exemplo, e dizer que o brinquedo está chorando ou assustado exatamente pelo motivo que ela ainda não consegue explicar por meio das palavras.
Ter tempo livre para fazer o que quiser, seja pular corda ou montar castelos com cartas de baralho, portanto, é fundamental.
“A criança que não brinca pode se tornar um adulto egoísta, dependente e pouco criativo”, afirma Maria Angela.
O ideal, como diz a educadora, é que seu filho brinque todos os dias, não importa se está sozinho, com irmãos, amigos - e também com você.
“A brincadeira em família ajuda a fortalecer o vínculo afetivo, pois na hora de um jogo, por exemplo, a criança pode questionar o pai, fazer negociações, expor suas opiniões.
Assim, pais e filhos acabam se conhecendo melhor”, diz Patrícia Bertolini.
E se você pensa que não sabe mais brincar ou que é preciso ter muitos brinquedos em casa, saiba que a criança se diverte facilmente e com poucos objetos - ou até mesmo nenhum.
Brincar de esconde-esconde ou dançar no meio da sala, por exemplo, não exigem muito mais do que o corpo.
“Deixe a iniciativa partir do seu filho e entre no jogo com ele.
Os adultos perdem a fantasia aos poucos, mas a criança ainda tem muito”, afirma Patricia.

HORA DA BRINCADEIRA

Como explicam as especialistas Maria Angela Barbato Carneiro e Patricia Bertolini, não há uma “receita” para a brincadeira.
O importante é diversificar as atividades, brincar dentro e fora de casa, com ou sem brinquedos. Aqui há algumas sugestões, separadas de acordo com a idade do seu filho, para você começar ou incrementar a diversão em casa.

DE 0 A 3 ANOS

- CANTAR
- TOCAR INSTRUMENTOS
- FAZER CÓCEGAS E CARETAS

+ 3 ANOS

- BRINCAR DE FAZ DE CONTA
- CRIAR CASTELOS COM BLOCOS DE MONTAR OU COM CARTAS DE BARALHO
- ESCONDER O BJETOS E PEDIR PARA A CRIANÇA PROCURAR

+ 6 ANOS

- ANDAR DE BICICLETA
- JOGAR DOMINÓ
- FAZER TRAVA LÍNGUAS
- FAZER IMITAÇÕES

EM TODAS AS IDADES

- BRINCAR COM MASSINHA
- BRINCAR COM TINTA
- CONSTRUIR OBJETOS COM MATERIAIS DIVERSOS COMO PAPEL, BLOCOS DE MONTAR OU SUCATA

Fonte

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