terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ronaldo - O adeus do Fenômeno...

"Eu vim aqui para falar hoje que estou encerrando a minha carreira como jogador profissional e dizer que esta carreira foi linda, foi maravilhosa, foi emocionante, tive muitas derrotas, enfim, muitas vitórias, fiz muitos amigos, não lembro de ter feito nenhum inimigo..."


Vencido pelo corpo, chegou ao fim, ontem, a carreira de um dos maiores jogadores da história do futebol.
Chorando bastante, Ronaldo anunciou oficialmente a sua aposentadoria.
O jogador revelou que sofre de hipotireoidismo e culpou as constantes dores no corpo para antecipar o adeus, que deveria acontecer apenas no final do ano.
O adeus do Fenômeno mobilizou a imprensa nacional e internacional.
Centenas de jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e até profissionais que cobrem o mundo das celebridades compareceram ao CT Joaquim Grava, na zona leste da capital paulista, para registrar a aposentadoria do veterano de 34 anos.
O atacante chegou ao CT por volta das 10h30, acompanhado de dois dos seus filhos: o primogênito Ronald e Alex.
Na entrada, recebeu o carinho de poucos fãs.
Duas horas antes da entrevista coletiva, o maior artilheiro da história das Copas do Mundo caminhou lentamente ao campo, onde os demais jogadores treinavam.
Todos sentaram no banco de reservas, e o Fenômeno falou durante cerca de dois minutos.
Após o camisa 9 finalizar seu discurso, seus colegas de equipe o aplaudiram.
Depois, um por um levantou para abraçá-lo.
Tite e os demais membros da comissão técnica também cumprimentaram o agora ex-jogador.

A carreira do Fenômeno




O início de Ronaldo no futebol aconteceu no São Cristóvão, clube do Rio de Janeiro.
Em 1993, ele foi contratado pelo Cruzeiro por irrisórios US$ 10 mil (hoje R$ 17 mil), onde estreou como profissional.
Em 44 partidas na equipe mineira, anotou 44 gols.
O surgimento meteórico rendeu ao promissor atacante, aos 17 anos, a convocação por Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo de 1994.
Do banco de reservas, ele participou da conquista do tetracampeonato mundial.
A entrada no milionário futebol europeu ocorreu pela Holanda, no PSV Eindhoven, onde marcou 54 gols em 57 jogos.
Em 1996, o brasileiro foi vendido ao Barcelona por US$ 20 milhões.
Na temporada 1996-1997, fez 47 gols em 49 partidas e ganhou o apelido de Fenômeno.
Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 1996 e 97, Ronaldo se transferiu para a Internazionale, de Milão, por US$ 36 milhões.
Na Copa do Mundo de 1998, balançou as redes quatro vezes, porém o que entrou para a história foi o mal-estar que ele sofreu na véspera da decisão com a França, quando foi levado às pressas ao hospital.
Participou da final, mas pouco fez.
Na Itália manteve a alta média de gols (59 em 99 exibições), porém começou a conviver com as lesões no joelho.
Foram duas consecutivas e cerca de 20 meses longe da bola.
Foi para o Mundial de 2002 sob a desconfiança de parte da torcida e da imprensa.
Brilhou, foi o artilheiro com oito gols e voltou a ser o melhor do mundo no final do ano.
O sucesso no Japão e na Coreia do Sul fez com que o Real Madrid o contratasse por US$ 45 milhões.
Entre 2002 e 2007, marcou 104 gols em 177 jogos na Espanha.
Na Copa de 2006, marcou mais três gols e virou o maior artilheiro de todos os tempos em Copas do Mundo.
A partir daí, começou a queda na carreira do astro.
Transferiu-se para o Milan por US$ 9,5 milhões onde marcou 9 gols em 20 partidas.
Uma nova lesão no joelho o afastou dos gramados mais uma vez.

A volta ao Brasil

Após aproximadamente 15 temporadas, Ronaldo retornou ao futebol brasileiro.
Treinou no Flamengo, porém frustrou os torcedores rubro-negros ao assinar com o Corinthians.
Depois de uma primeira temporada de sucesso, em 2009, com títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista, o atacante viveu períodos de dificuldade, com seguidos problemas físicos e duas eliminações na Copa Libertadores.
A última delas, no começo deste ano, gerou uma série de protestos de parte da torcida.
A partida que marcou a despedida de Ronaldo dos campos aconteceu no último dia 2 de fevereiro, na derrota do Corinthians para o Tolima por 2 a 0, na cidade de Ibagué, na Colômbia.
O resultado impediu a classificação da equipe brasileira para a fase de grupos da Libertadores 2011.



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