segunda-feira, 31 de maio de 2010

Festas juninas

Último dia de maio, junho chegando e com ele as nossas tradicionais festas juninas.
Eu adoro.
Adoro aquele clima de arraial, as comidas, especialmente os doces, o tradicional quentão, ótimo para gente se esquentar nas noite frias de junho, a quadrilha, o casamento na roça e a fogueira.
Tem as singelas fantasias das mocinhas do interior, brincadeiras de crianças, que ficam todo o tempo soltando suas bombinhas, aquela música brejeira, tudo que nos faz imaginar um belo passeio pelo interior.
Às mocinhas solteiras, fica aqui uma sugestão:

Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido.
Rezar um Pai-Nosso e uma Salve-Rainha.
Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama.
Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.


Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "festa de São João".
Essas celebrações são particularmente importantes no Norte da Europa Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia, mas são encontrados também na Irlanda, partes da Grã-Bretanha (especialmente Cornualha), França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália.

Festas Juninas no Brasil

As festas Juninas, são na sua essência multicurais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Santo Antônio, São João e São Pedro principalmente.
A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco, etc, estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e emigrantes dos país irmão.
As roupas 'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitissimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal.
Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses levavam da Asia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo.
Embora os balões tenham sido proíbidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.
No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho.
Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais se oriundam as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX.
Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.
A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste.
Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.
O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa.
Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu.
Nos arraiais acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

A origem da fogueira

Grandes fogueiras são tradição do São João brasileiro e europeu























De origem européia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão.
Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia.
Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França).
Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.
Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel.
Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

Fonte: Wikipédia.

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