sábado, 1 de agosto de 2009

No meu jardim não poderia faltar O VIADUTO DE SANTA TEREZA...

















Quando eu fiz dezoito anos, me mudei para o bairro floresta.
Saí da casa dos meus pais na Pampulha e fui morar lá, onde vivi por doze anos até me casar com o meu marido R.
Aos poucos vou contanto um pouco da minha vida, mas isso serão post futuros.
De toda tristeza que vivi naquela época, a minha única alegria era quando voltava para casa à noite após a faculdade ou indo ao cinema ou qualquer saidinha, sonhando com o que já tinha acontecido naquele viaduto. Nossa como eu voava alto.
Hoje eu moro no bairro funcionários e quando volto para casa, sempre que posso, adivinhe por onde passo?
Claro que pelo Viaduto Santa Tereza ...
Outro dia, saindo do Concerto da Filarmônica de Minas Gerais com meu amigo J, carioca e quase ouropretano, morando há alguns meses em BH, voltando para casa de taxi, pedi para descer tamoios e virar à esquerda.
O motorista ainda perguntou-me: mas vocês não vão para a Savassi?
Eu disse que sim e respondi: gosto de voltar pelo viaduto de Santa Tereza e continuei falando para o meu amigo J de como eu gosto do viaduto e dando explicações que só eu mesma entendia e olha que eu só bebi um café no Palácio das Artes.
Já pensou se eu tivesse bebido alguns drinks, como o dry Martini ou o cosmopolitan? Acho que o motorista encerraria a corrida ali mesmo.
Chegamos e tomamos uma garrafa de prosseco, que era o que eu precisava para fazer uma nova receita de um novo drink, mas como eu estava muito empolgada, meu amigo J, que nunca rejeita um bom drink, teve que escutar novamente toda a minha explicação e como meu marido R não bebe, ele logo dormiu.
Quando a garrafa secou o meu amigo J resolveu ir embora e meu marido R acordou rapidamente.
Eu nunca entendi isso: será que ele dorme mesmo e acorda na hora exata que a pessoa tem que ir embora ou finge que está dormindo para não ter que beber e conversar?
Desconfio que seja a segunda opção, afinal meu marido R é tão fino que não seria deselegante em dizer que não gosta de papo de bêbado.
Ele explicou para o nosso amigo J, como ele voltaria para casa: é só descer esta rua caminhando e uns cinco quarteirões depois você está em casa.
Ele se foi, meio desconfiado, pensando que poderia ter que pegar um taxi a qualquer hora, achando que o seu amigo estava equivocado.
Eu querendo rir, fiquei quieta, com medo do meu marido R não entender aquele humor repentino. Ele sempre diz que estou ficando muito engraçadinha...
No outro dia, meu amigo J me ligou surpreso, dizendo como a sua casa era perto da nossa.
Claro que deixei para explicar, em outra oportunidade, que para chegar a qualquer lugar em BH eu sempre demoro mais que o normal, pois para mim, a melhor opção e a mais prazerosa é passar sempre pelo Viaduto de Santa Tereza.

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